Pudim teve contato com a planta, que é considerada extremamente venenosa, especialmente suas sementes e folhas jovens. Apesar de resistente, o cão ingeriu partes da planta, o que resultou em falência hepática. Fabiana, que também é designer, relatou sua tristeza e revolta: “Ele era forte, dava suporte para mim, e morreu por causa dessa planta que, infelizmente, está por toda parte na cidade.”
A Cycas revoluta está presente em parques, praças, jardins de empreendimentos imobiliários e até mesmo em áreas de comércio de produtos pet em São Paulo. Embora algumas cidades como Rio de Janeiro e Uberaba tenham proibido oficialmente seu cultivo, em São Paulo a planta ainda é permitida, pois a legislação que proibia seu plantio foi revogada em 2022. A justificativa do município foi a criação de uma lei de requalificação arbórea, que não menciona explicitamente a proibição dessa espécie.
Especialistas alertam para os riscos de intoxicação, que podem começar com sintomas como vômito, diarreia, olhos e mucosas amareladas, fraqueza, convulsões e dor abdominal. Como não há antídoto específico, a rapidez na procura por atendimento veterinário é crucial. Segundo o veterinário Marcelo Quinzani, a intervenção precoce pode salvar vidas.
Historiadores e botânicos reforçam a gravidade: registros históricos apontam que a planta foi introduzida no Brasil em meados do século XIX, e há relatos de envenenamento em animais e humanos, devido à sua alta toxicidade. Para proteger os pets, recomenda-se conhecimento sobre plantas potencialmente perigosas, evitar seu cultivo em espaços acessíveis aos animais e sempre consultar um veterinário ao notar sintomas suspeitos ou após contato com espécies tóxicas.