Aranhas perigosas encontradas em SC que mais registram acidentes com humanos

Danubia de Souza

Danubia de Souza

Santa Catarina abriga duas espécies entre as aranhas mais perigosas do Brasil. Dados do relatório anual do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) de 2023 mostram que foram atendidos 5.823 casos de acidentes com animais peçonhentos e venenosos nos Estado, sendo 53% deles com aranhas.

Na sequência, aparecem os acidentes com lagartas (20%), serpentes (9%), escorpiões (8%), abelhas/formigas (4%), outros (4%) e aquáticos (1%).

Do total de acidentes com animais peçonhentos e venenosos em Santa Catarina, 23,6% foram causados pela espécie Phoneutria spp., conhecida como aranha armadeira. Foram 1.372 casos atendidos pelo órgão em 2023 relacionados ao animal, sendo esta aranha a que registra o maior número de acidentes no Estado.

Na sequência, aparece a espécie Loxosceles spp., chamada de aranha marrom, que teve 702 casos registrados, o que corresponde a 12,1% do total de acidentes. Ao todo, as diferentes espécies de aranha somaram 3.106 exposições humanas em 2023, sendo 288 na faixa etária de 0 a 9 anos, 271 de 10 a 19 anos, 1.930 de 20 a 59 anos de idade, e 617 exposições acima dos 60 anos.

Além da aranha armadeira e marrom, foram registradas 876 exposições a aranhas não determinadas, e 162 a outras aranhas, além de 57 exposições humanas a aracnídeos não peçonhentos nem venenosos.

Perfil dos acidentes com aranhas

Dados do Boletim Epidemiológico de 2022 do (CIATox/SC), publicação mais recente, traçam um perfil dos acidentes com as duas aranhas de importância médica encontradas em Santa Catarina.

No caso da aranha armadeira, 99,3% dos acidentes naquele ano foram leves, 0,6% moderados, e 0,1% graves, sendo que não houve registros de acidentes fatais. As vítimas dos acidentes foram 41,6% do público feminino e 58,4% do público masculino. A principal faixa etária com registro de acidentes foi dos 50 aos 59 anos, com 19% dos casos, seguida de 40 a 49 anos, e 60 a 69 anos, ambos com 15% cada uma.

Já a aranha marrom teve 1% dos casos sem gravidade, 99,3% dos casos leves, 0,6% moderados, e 0,1% graves. Também não houve acidentes fatais com a espécie em 2022. A maioria dos acidentes foi com mulheres, sendo 61% dos casos, enquanto que os homens representaram 39% dos acidentes. A faixa etária que teve mais acidentes foi de 20 a 29 anos, com 21% dos casos, seguido de 30 a 39 anos, e 40 a 49 anos, com 20% cada uma.

Recomendações do (CIATox/SC)

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) recomenda algumas ações de primeiros socorros em casos de acidentes com animais peçonhentos. Confira:

  • Lavar o local da picada somente com água e sabão (exceção águas vivas);
  • Manter o acidentado em repouso. Se a picada tiver ocorrido no pé ou na perna, procurar manter a parte atingida em posição horizontal, evitando que o acidentado ande ou corra;
  • Dar água para a vítima beber, desde que esteja consciente;
  • Levar o acidentado o mais rapidamente possível a um serviço de saúde;
  • Se possível, levar o animal para identificação (mesmo se estiver morto) ou tirar uma foto do mesmo (não se coloque em risco).

 

Fonte: NSC Total –

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