Cachorros são enterrados vivos no RJ e polícia identifica suspeitos

Danubia de Souza

Danubia de Souza

Quatro suspeitos de terem enterrado dois cachorros vivos em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foram identificados pela polícia civil. Após cinco dias desde que os animais foram encontrados e resgatados por moradores da região, na última quarta-feira, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPM) apontam como responsáveis os dois tutores, um pedreiro pago por eles e uma quarta pessoa que teria colocado os animais no veículo de transporte até o local que seriam mortos. Eles vão responder por maus-tratos e abandono de animais.

Os tutores de Thor e Kiara foram identificadas como Sirley Sobrera, de 69 anos, e Rita de Cássia, de 53 anos, suspeitos de serem as mandantes do crime. O casal teria pago R$ 300 para que o pedreiro Carlos Augusto de Oliveira, conhecido como mineiro, enterrasse os cachorros. Como coautor, a polícia aponta Miguel Domingues, de 36 anos, que teria auxiliado a colocar os cachorros no carro de Sirley.

Segundo a Polícia Civil, os animais foram amarrados, postos em sacos de ração e enterrados com vida em uma área de mangue para se afogarem com a subida da maré. Conforme a investigação, foi Sirley que levou os animais para Carlos e ele pegou os cachorros de dentro do veículo, os amarrou e os colocou dentro de sacos de ração de 15 kg. O pedreiro foi até a área de mangue e enterrou os animais vivos.

O veículo, que saiu da Rua Cabo João Protzeck, teria sido usado para transportar os bichos até às margens do Rio Piraquê. O carro foi localizado, apreendido e passará por exame de perícia.

Na quarta-feira, os cachorros foram localizados e resgatados por pescadores locais. Segundo o RJTV, na Fazenda Modelo receberam os primeiros socorros, mas precisaram ser transferidos com urgência para uma clínica veterinária — onde foram colocados no soro, receberam cuidados para lesões na pele e nos olhos, fizeram exames e foram medicados.

Thor e Kiara foram diagnosticados com parvovirose canina, uma doença grave que afeta o sistema gastrointestinal e provoca diarreia e vômito. Quando se recuperarem, serão colocados para adoção.

Os investigados, que vão responder pelo crime de maus-tratos de animais, podem ser condenados a pena de até 5 anos de reclusão. Rita e Carlos já foram ouvidos pela polícia, Sirley e Miguel devem comparecer esta semana. A Comissão de Defesa dos Animais da Câmara do Rio acompanha o caso e pretende cobrar punição para os autores.

Fonte: O Globo

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