Cidade de SC vê crescer abandono de cães da raça pitbull

Danubia de Souza

Danubia de Souza

Ocorrências de abandono de cães da raça pitbull têm se tornando mais frequentes nos últimos meses em Laguna, no Sul de Santa Catarina. O mais recente foi registrado na sexta-feira (24) quando houve uma denúncia na região da Barranceira. O animal, de aproximadamente três anos, foi resgatado, encaminhado para castração e está disponível para adoção.

Esse tipo de denúncia tem preocupado a Gerência do Bem-Estar Animal e a Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) do município. Um possível motivo para o aumento do abandono é a necessidade de cuidados especiais para essa raça, segundo o gerente de Bem-Estar Animal, Lucas Borges.

— Existe todo um cuidado para ter um pitbull. É um animal muito bonito, mas ele vive muitos anos, o adotante precisa ter ciência e responsabilidade. Alguns casos de abandono ocorrem pela dificuldade do pitbull de lidar com outros animais. Outros pela falta de estrutura ao ter um animal da raça — destaca Borges.

De acordo com o gerente, o município ainda não contabilizou o total de cães abandonados, mas deve começar a mapear em breve. Além disso, a pasta está trabalhando em um projeto de combate ao abandono em parceria com a Polícia Civil.

Os bichos resgatados ficam em lares temporários de voluntários. Interessados em denunciar ou adotar um animalzinho podem entrar em contato com a Gerência pelo telefone (48) 3644-0013.

Município tem legislação voltada para raça pitbull

A Gerência de Bem-Estar Animal destaca que não é proibido ter cães da raça pitbull, mas os tutores devem seguir o regulamento previsto na Lei Estadual nº 14.204/2007. Para garantir o cumprimento da legislação, Laguna sancionou o Decreto Municipal nº 7.203/2024 em abril.

— Recentemente divulgamos que existe uma legislação, e as pessoas confundem a proibição da reprodução com a proibição de criar um animal da raça. As pessoas podem sim ter um pitbull, mas precisam ser responsáveis — afirma Borges.

As duas legislações têm os mesmos objetivos: controlar a população canina, reduzir os casos de abandono e maus-tratos, além de prevenir problemas comportamentais comuns em cães não castrados.

A lei estadual prevê, entre outras medidas, a castração obrigatória dos cães da raça pitbull a partir dos seis meses de idade. Além disso, esses animais só podem circular em espaços públicos com tutores maiores de 18 anos e “por meio de guias com enforcador e focinheira próprios para a tipologia de cada animal”.

Já o decreto municipal, estabeleceu a “criação de um registro municipal obrigatório para todos os cães da raça pitbull e derivados, incluindo informações sobre o animal, seu tutor, a comprovação de esterilização e o uso de dispositivos de segurança”.

O documento prevê o programa com castração gratuita para os animais de tutores de baixa renda. Em caso de não cumprimento das normas, a legislação também estabelece sanções rigorosas, como multas, apreensão do animal e entre outras medidas legais, conforme a gravidade da infração.

Fonte: NSC Total / Redação Criciúma

 

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