As lojas ficam no shopping Praia de Belas, na Região Central da cidade, e na Avenida Brasil, no bairro São Geraldo. Somados, o número de animais mortos identificados pela polícia nos locais chega a 175. São roedores, aves e peixes. Segundo a delegada Samieh Saleh, responsável pela investigação, a rede Cobasi tem um faturamento anual bilionário.
— Mesmo assim, não realizaram qualquer atitude para retirar os animais antes da enchente, ou ainda, para resgatá-los quando a água já acessava as lojas. Foi necessário que terceiros, resgatistas, tomassem conhecimento dos fatos para que alguma ação fosse tomada — disse a delegada.
A delegada Samieh justifica a responsabilização dos funcionários dizendo que:
— Durante a investigação, foi constatado que a omissão por parte dos responsáveis pela empresa resultou não somente em sofrimento aos animais, mas também na morte de diversos deles, incluindo aves, peixes e roedores.
A empresa indiciada, por meio de nota divulgada pela assessoria de comunicação, disse que “a defesa da Cobasi acredita que, a despeito da repercussão midiática que o lamentável episódio ganhou, seu desfecho não virá a partir de contorcionismos jurídicos e conclusões levianas”.
Outra empresa do mesmo ramo, localizada no Centro Histórico de Porto Alegre, a loja Bicharada, também foi indiciada pela morte de animais no local após as inundações. A Polícia Civil identificou que animais morreram no local após inundar. Dois funcionários também foram indiciados.
Os inquéritos descrevem os crimes de “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, com pena aumentada porque os animais morreram.
Fonte: NSC