O tutor entrou na justiça para pedir a suspensão do sacrifício do animal e a realização de novo exame para confirmação do diagnóstico. A suspeita é de que o resultado tenha sido um falso-positivo, já que as duas análises feitas pela Cidasc foram com a mesma coleta de sangue.
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Ele também questiona se os testes ELISA (usado na triagem) e Western Blot (como confirmatório) são realmente seguros, pois a bactéria causadora do MORMO pertence a uma família de mais de 40 bactérias idênticas (entre elas a gripe equina, que é muito comum), o que pode causar confusão no reconhecimento. Salienta ainda que boa parte dessas bactérias parecidas com o Mormo são tratáveis e solicita uma nova análise, agora pela técnica conhecida por PCR (DNA da bactéria).
O pedido para novo teste foi indeferido na primeira e na segunda instância, sendo julgado improcedente. No entanto, caso semelhante em Gaspar foi deferido pelo Juiz, em decisão interlocutória, de uma liminar determinando nova coleta e realização de exame WB, em Porto Alegre, no laboratório da LANAGRO
Um detalhe importante nessa história: o teste que positivou para mormo foi em setembro de 2021 – desde então, a situação vem se arrastando na justiça.
MAS, AFINAL, O QUE ACONTECEU COM A ÉGUA DO VÍDEO?
Na última sexta-feira, técnicos da Cidasc iriam até o local para eutanasiar o animal, mas a égua teria fugido do sítio e não foi encontrada.
O QUE DIZ A CIDASC:
A Cidasc não fala sobre o caso especifico, mas sim sobre o protocolo padrão, que segue as normativas federais sanitárias.
No Brasil, o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos, utiliza os kits de ELISA e de Western Blot da empresa Biovetech. Segundo a Companhia, os exames são altamente confiáveis e seguros, com 98,8% de sensibilidade e 99% de especificidade.
Ressalta ainda que o mormo é uma doença grave e incurável, que traz riscos diretos a outros animais e aos próprios humanos, pelo alto grau de transmissibilidade.
Os equídeos doentes podem apresentar febre, tosse, corrimento nasal, feridas nas narinas, pneumonia, inchaço nos membros, caroços ou feridas na pele dos membros, fraqueza, prostração e emagrecimento progressivo. No entanto, alguns animais podem não apresentar sintomas clínicos.