A Frente Parlamentar em Defesa da Causa Animal da Câmara Municipal de Blumenau realizou, na noite desta quinta-feira (15), sua primeira reunião na Sala das Comissões. O encontro marcou o início das atividades do grupo, com a definição dos cargos e dos principais temas que serão tratados ao longo do ano.
O vereador Egídio Beckhauser (Republicanos) foi escolhido para presidir a Frente. A vereadora Cristiane Loureiro (Podemos) assumiu a vice-presidência e o vereador Bruno Cunha (Cidadania) foi designado como relator. Também integram a Frente os vereadores Gilson de Souza (União Brasil) e Jean Volpato (PT) como membros.
Durante a reunião, os parlamentares discutiram uma série de pautas prioritárias, como a fortalecimento da política de castração, o combate aos maus-tratos, a fiscalização dos serviços do Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (CEPREAD), e a necessidade de avançar em políticas públicas efetivas de proteção animal.
O relator Bruno Cunha destacou a importância de envolver o Poder Executivo em projetos como o “Empresa Amiga dos Animais”, além de cobrar a execução de políticas já previstas, como as castrações e a responsabilização de pessoas condenadas por maus-tratos.
A vereadora Cristiane Loureiro defendeu a retomada do debate sobre a Delegacia de Proteção Animal. Ela também apontou o engajamento do atual prefeito na causa como uma oportunidade para ampliar o olhar sensível sobre a pauta animal e para garantir o encaminhamento de projetos previstos, como o banco de ração. Ainda propôs um debate sobre o papel social do Hospital Veterinário da FURB, buscando formas de ampliar o atendimento à comunidade de maneira mais acessível.
Já o vereador Gilson de Souza citou o CEPREAD, afirmando que o serviço precisa ser reavaliado e redesenhado para atender melhor à população. “É preciso entender para que ele veio, o que precisa ser ajustado e como podemos fiscalizar de forma mais efetiva”, observou.
O vereador Jean Volpato sugeriu a criação de um centro de referência para atendimento veterinário, reforçando que a política de castração só será eficaz se aplicada em escala mínima necessária. Também defendeu mais campanhas educativas para conscientizar a população de que a violência contra animais é crime, e propôs mais celeridade na tramitação de projetos de lei voltados ao bem-estar animal. Sugeriu ainda o envolvimento de ONGs e protetores independentes nos diálogos da Frente.