Lobo-marinho-subantártico aparece em praia de Florianópolis

Daniela Cruz

Daniela Cruz

No domingo, 11, um lobo-marinho-subantártico foi flagrado na Praia dos Ingleses, em Florianópolis. A equipe do projeto de monitoramento de praias, enfatiza que a aproximação de banhistas gera desconforto e estresse ao animal.

Inicialmente a área foi cercada para preservar o descanso do lobo-marinho. Porém, como banhistas aproximaram-se mesmo assim, o animal precisou ser levado para uma praia menos movimentada para poder ser avaliado.

Local inicialmente isolado. Foto: R3 Animal/Divulgação.

O mamífero foi visto durante o monitoramento diário do R3 Animal, que integra o Projeto de Monitoramenro de Praias -Baia Sul. Segundo os especialistas, o desconforto e o estresse causado pela presença humana próxima ao animal, pode baixar a imunidade do mamífero, deixando-o debilitado.

Segundo a veterinária Daphne Wrobel Goldberg, o macho adulto, medindo 1 metro e 44 centímetros de comprimento, está abaixo do peso e desidratado. Ele pesa 50 kg.

lobo-marinho resgatado para avaliação. Foto: R3 Animal/Divulgação.

“Pelo fato de o lobo-marinho apresentar exaustão e possuir uma massa entre 8 a 10 cm de diâmetro na mandíbula direita, ele foi levado para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal) onde passará por exames complementares para buscarmos o tratamento adequado para o quadro clínico”, explica Daphne.

Cuidados

O grupo que realizou o resgate lembra que os lobos-marinhos são animais selvagens, assim, caso sintam-se ameaçados, podem tentar se defender. Por isso, enfatizam alguns cuidados que devem ser tomados em situações como essa:

Manter uma distância mínima de 5 metros do animal, e também afastar animais domésticos.

Evitar forografar o animal com flash.

“Nunca forneça alimento ou force o animal a entrar na água, pois caso nçao esteja debilitado, ele quer apenas descansar e pode ficar no mesmo local por dias consecutivos até recuperar as forças e seguir sem rumo”, afirmaram, em nota.

A espécie habita principalmente as ilhas ao norte da Convergência Antártica. Pode aparecer no Litoral catarinense durante o inverno em busca de descanso e alimento.

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