Benjamin desembarcou em Santa Catarina no dia 6 de novembro, após um voo de uma hora. Atualmente, o macaco ainda está em quarentena, como determina o protocolo, mas em breve vai conhecer sua alma gêmea. O zoo de Pomerode tem apenas uma fêmea da espécie mico-leão-preto. Ela chegou há sete anos vinda de outro espaço e já foi mãe. Porém, o namorado morreu e foi preciso buscar outro companheiro.
Quando a quarentena acabar, Benjamin será colocado mais perto da futura namorada, para que comecem a se conhecer. Depois, quando já estiverem mais entrosados, poderão ficar juntos no mesmo espaço. O casamento, porém, é um jogo de cartas marcadas. Afinal, a escolha do macho para a fêmea foi realizada de acordo com o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica.
A formação do casal se deu através de recomendação do studbook keeper — um consultor genealógico —, para garantir o tamanho satisfatório, estabilidade demográfica e diversidade genética dos animais. os enteados de Benjamin, por exemplo, vão morar em outros zoológicos, uma fêmea em São Paulo e um macho em Belo Horizonte, para no futuro criarem novas famílias.
De acordo com a Fiocruz, o mico-leão-preto, cujo nome científico é Leontopithecus chrysopygus, chegou a ser considerado extinto por mais de 50 anos. Ele foi redescoberto em 1971 e, graças aos esforços de preservação, existem cerca de mil dessa espécie, restritos a sete fragmentos florestais privados e duas unidades de conservação estaduais, no Oeste de São Paulo.
Fonte: NSC Total