Ao ver o pitbull solto na rua, ela pegou o Jukinha e a Ariel no colo. Mesmo assim, não conseguiu evitar o ataque.
“Ele chegou e já puxou a Ariel. E o Juquinha eu consegui jogar em uma casa que tinha o muro baixo. Quando eu fui tentar pegar a Ariel de novo, o cachorro mordeu minha mão e perfurou de um lado a outro”, explica.
Claudia quebrou dois ossos do pulso. Ela está com o braço engessado e possivelmente terá de fazer um procedimento cirúrgico. A cachorrinha Ariel chegou a ser encaminhada para uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
“Eu estou muito abalada e assustada. Eu não consigo sair na rua! Quando lembro de tudo que aconteceu eu entro em pânico!, conta Claudia.
O Pitbull e o outro cão que não foi identificado possuem donos. Mas, segundo moradores da região, os cães já fugiram outras vezes.
“Há alguns meses um morador foi mordido também. Ele transitava pela rua, quando foi atacado. Outro morador conseguiu se proteger com uma mochila”, conta Sérgio Rafael Foster, síndico do prédio onde Claudia mora.
Claudia fez Boletim de Ocorrência e pretende entrar com uma ação contra o dono dos cães. A Vigilância Sanitária e a Fiscalização da prefeitura já estão cientes da situação.
“Eu não quero que nada de mal aconteça com o cachorro. Eu queria poder salvar ele…reabilitar. Porque o cachorro não tem culpa”, conta Claudia emocionada.


SANTA CATARINA TEM UMA LEI ESPECÍFICA SOBRE A CRIAÇÃO DE PITBULSS
A Lei 14204/2007 Dispõe sobre a importação, comercialização, criação e porte de cães no Estado de Santa Catarina e adota outras providências.
A legislação determina que “fica proibido, no Estado de Santa Catarina, a criação, comercialização e circulação de cães da raça Pit Bull, bem como das raças que resultem de seu cruzamento, por canis ou isoladamente no Estado de Santa Catarina”. E prevê multa de R$ 5 mil, podendo dobrar o valor em caso de reincidência. Porém, a Lei não deixa claro quem faz a fiscalização nos municípios.