É possível observar o grupo de animais circulando pelo terreno da residência em montes, enquanto o morador, aparentemente sem temer a presença dos bichinhos, decide alimentá-los com pedaços de carne.
Simpáticos, mas atrevidos
Os quatis são animais conhecidos por sua aparência simpática e gestos ágeis, frequentemente encantando turistas. Normalmente são encontrados em grupos que variam de 8 a 18 indivíduos, ou até mais.
Naturalmente habitantes da floresta atlântica, preferencialmente em regiões de mata fechada com árvores de porte alto, a presença desses animais em áreas urbanas pode trazer problemas, destaca o biólogo Jackson Preuss.
“Esses animais, além de revirarem o lixo, quando se sentem acuados podem morder humanos e transmitir doenças como a Raiva. Podem também acabar ingerindo plásticos, metais e vidro. Além disso, são atraídos por gordura e açúcar, o que é bem prejudicial à saúde e pode provocar obesidade”, alerta o biólogo.
Quatis causam transtorno em município catarinense
O caso da invasão dos quatis à residência próxima ao Hospital São João Batista não é isolado. Em Joinville, no Norte de Santa Catarina, o bairro Floresta foi palco de uma convivência tumultuada entre a espécie e moradores por quatro anos.
Segundo a prefeitura local, esses animais adentraram o meio urbano em 2017, em busca de alimentos após perderem espaço na mata.
A oferta de alimentos por parte dos moradores, seja depositando lixo em locais de fácil acesso ou alimentando os animais voluntariamente, contribuiu para a proximidade indesejada dos quatis das residências.
O médico veterinário Jaime de Matos Júnior, da Secretaria da Saúde de Joinville, destaca que, apesar de queridos, esses animais podem causar transtornos, como invasões a empresas e até mordidas em funcionários.
Para solucionar o impasse, diversos órgãos se uniram, e com a autorização do IMA (Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina), 35 quatis foram capturados ao longo de um ano.
Os animais passaram por exames para verificar sua saúde e, estando em perfeitas condições, foram realocados para uma área mais adequada, visando o bem-estar tanto dos quatis quanto da comunidade local.
Fonte: NDMais