Alguns disseram que o cão tentou salvar seu melhor amigo, corajosamente enfrentando o início do ataque. Seus olhos refletiam determinação e amor, mas ele logo recuou, talvez ciente da futilidade de sua resistência diante de tamanha violência. Então, ele latiu desesperadamente na calçada, como se estivesse clamando por ajuda.
Quando a cena do crime foi isolada pelas autoridades, o cão caramelo permaneceu em estado de angústia, sem poder se aproximar do corpo do amigo caído. Desesperado, correu até o mercado, onde continuou a latir. Uma súplica silenciosa por consolo e compreensão. As pessoas que passavam não conseguiam conter a emoção ao testemunhar sua dor.
Uma funcionária do caixa do mercado, com os olhos marejados, ouviu os lamentos do cão de longe e compreendeu a profundidade de sua tristeza. Todos que olhavam para o cão caramelo sabiam que ele tinha perdido o melhor amigo, e, de alguma forma, ele também parecia ciente disso.
No mercado, outro morador de rua, tocado pela tragédia, viu a cena e estendeu a mão amiga ao cão. Compartilhou o pouco que tinha, ofereceu-lhe comida e calor. Naquela noite, sob o mesmo pedaço de coberta, ambos dormiram na rua, encontrando consolo um no outro.
Um grupo de moradores de Blumenau também se uniu para ajudar o cão. E graças a essa corrente do bem, essa história teve um final surpreendente.
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