De acordo com Paloma Caleiro, médica-veterinária da equipe do pronto-socorro do Veros Hospital Veterinário, os pets, como cães e gatos, não contraem dengue, zika ou chikungunya, três das doenças que o Aedes aegypti pode transmitir para os humanos. Porém, a especialista alerta que o mesmo mosquito pode transmitir outras infecções para o pets, como a dirofilariose.
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“Essa também é considerada uma zoonose [doença transmitida entre animais e pessoas], tem alta incidência em regiões litorâneas, mas também pode ocorrer em regiões interioranas e é conhecida como doença do verme do coração”, afirma a veterinária.
Nos cães e gatos, a dirofilariose causa alterações cardiopulmonares, podendo levar a sintomas como tosse, cansaço fácil ao exercício, apatia e mucosas, como a gengiva, arroxeadas. A picada do mosquito também pode causar irritação, dor local, coceira e vermelhidão na pele dos animais. “Em casos graves de coceira exacerbada, vermelhidão intensa e irritação, é sempre importante buscar atendimento veterinário”, ressalta Paloma.
O tratamento da dirofilariose depende da evolução da doença. “Se houver uma infestação mais grave, onde o coração e o pulmão estejam comprometidos, pode ser indicado tratamento cirúrgico somado ao tratamento com antiparasitários”, explica a especialista.
A doença pode gerar complicações de saúde dos pets, levando à hospitalização, sequelas e, em casos mais graves, ao óbito. “A prevenção é a melhor forma de protegê-los”, afirma.
Como proteger os pets da picada do mosquito?
A melhor forma de proteger os animais contra os mosquito é através do uso de repelentes. “Eles estão disponíveis nas formas de coleiras repelentes, sprays, pipetas, odorizadores de ambiente (de citronela, por exemplo) principalmente quando vão estar em locais com alta probabilidade de contato com esses vetores”, explica a veterinária.
As coleiras e as pipetas podem ser compradas com orientação do médico veterinário. A primeira opção costuma ter uma vida útil de 2 a 4 meses, enquanto a aplicação tópica pela pipeta deve ser reforçada a cada 30 dias. “O uso em ambiente de odorizadores e repelentes de ambiente devem sempre respeitar as indicações de uso e proteção para animais e crianças visando evitar intoxicações”, alerta Paloma.
Fonte: CNN Brasil