A Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, sob a liderança do Delegado Luís Otávio Pohlmann, concluiu que o cão visto em um vídeo viral de agressão já estava morto antes das filmagens.
“Assim que tomamos ciência dos fatos, iniciamos imediatamente o trabalho de investigação. O primeiro passo foi identificar os três envolvidos. Na filmagem, era possível ver que dois adolescentes participavam do suposto ato, enquanto um terceiro filmava a cena.”
Os policiais conseguiram identificar os adolescentes, que têm 15 e 13 anos. Pohlmann destacou: “Hoje pela manhã, os policiais civis conseguiram identificar os três adolescentes envolvidos. Após essa identificação, iniciamos as investigações no local onde os fatos ocorreram.”
No local, a equipe encontrou o cachorro em estado avançado de decomposição. O delegado afirmou: “Com base na filmagem, os policiais civis conseguiram localizar o ponto exato onde o vídeo foi gravado. Diante disso, começamos a trabalhar para entender o que realmente aconteceu naquela noite.”
A análise inicial do vídeo revelou sinais de rigidez cadavérica no animal. Pohlmann explicou: “É um fenômeno que ocorre de duas a três horas após a morte. Ao analisarmos o vídeo, foi possível observar que o cachorro, quando colocado próximo a uma árvore, já estava visivelmente rígido.”
Após identificarem os adolescentes, eles foram contatados através dos familiares e levados à delegacia. O delegado contou: “Os três adolescentes relataram que estavam retornando a pé de uma festa em um estabelecimento comercial nas proximidades e, no trajeto, viram o cachorro, que já estava morto, aparentemente atropelado. Em um ato de brincadeira de mau gosto, pegaram o animal e gravaram o vídeo.”
O vídeo foi inicialmente compartilhado em um grupo de amigos, mas acabou vazando. Pohlmann enfatizou: “Os fatos ocorreram na noite de 19 de outubro, aproximadamente 20 dias atrás. Hoje, o cachorro foi encontrado em avançado estado de decomposição.”
O adolescente responsável apresentou o vídeo original. O delegado afirmou: “Qualquer pessoa que analisar o vídeo com atenção poderá perceber que o cachorro já estava morto no momento da gravação.”
Por fim, ele deixou um recado à população: “Embora condenemos esse tipo de brincadeira de mau gosto, os adolescentes estão respondendo a um procedimento para apuração do ato, e as investigações apontam que não houve maus-tratos, apenas uma ação irresponsável que gerou grande repercussão.”
Fonte: Visor Notícias e SCTD